Dra Marcia Luz Blog Mindset A Dor Reprimida Vira Gastrite, Ansiedade e Depressão: Como o Perdão Pode Te Libertar
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A Dor Reprimida Vira Gastrite, Ansiedade e Depressão: Como o Perdão Pode Te Libertar

A Dor Reprimida Vira Gastrite, Ansiedade e Depressão: Como o Perdão Pode Te Libertar

Você já se perguntou por que algumas feridas emocionais demoram tanto para cicatrizar?

Você sabia que o perdão é um dos maiores presentes que você pode dar a si mesma? É isso mesmo: perdoar não é um favor ao outro, mas um ato profundo de amor próprio.

A dor emocional acumulada não desaparece sozinha. Pelo contrário, ela se transforma em bloqueios, doenças e repetições que impedem a felicidade verdadeira. De fato, como psicóloga, já acompanhei centenas de mulheres que carregavam feridas por anos, sem perceber que a chave da liberdade estava em suas próprias mãos.

Neste artigo, por conseguinte, vou te guiar por um processo profundo e acessível: os 7 passos do perdão. Trata-se de um caminho que une ciência, espiritualidade e exercícios práticos para ajudar você a curar, soltar o passado e, assim sendo, abrir espaço para uma vida mais leve e plena.

Vamos juntas nessa jornada de transformação?


1. Reconheça a dor com honestidade

O primeiro passo é parar de minimizar. Se doeu, então foi real. Com efeito, fingir que não sente não resolve.

Em contrapartida, a dor ignorada se transforma em ansiedade, insônia e até doenças físicas. Por essa razão, dizer “isso me machucou” é o início da cura. Em outras palavras, não há cura sem reconhecimento. Da mesma forma, não há liberdade sem verdade.

“A ferida que você não reconhece continua sangrando em silêncio.”

Permita-se sentir. Permita-se ser humana. Suas lágrimas não são fraqueza – são sabedoria do coração pedindo atenção.


2. Dê nome à ferida

Quem te feriu? O que exatamente aconteceu? Nomear é essencial.

Enquanto não há clareza, há sombra. Consequentemente, essas sombras alimentam fantasmas emocionais que te dominam silenciosamente. Por isso, escreva, fale, traga para a consciência.

Além disso, a neurociência nos mostra que quando nomeamos uma emoção, ativamos o córtex pré-frontal – a região responsável pelo controle emocional. Ou seja, dar nome à dor é o primeiro passo para dominá-la.

Pergunte-se:

  • Quem exatamente me machucou?
  • O que foi dito ou feito?
  • Como me senti naquele momento?
  • Que parte de mim ficou ferida?

3. Libere-se da ilusão da vingança

Esperar que o outro “pague” é como beber veneno esperando que o outro morra. Enquanto isso, quem sofre é você.

A verdadeira justiça, nesse sentido, é soltar a corda que te prende ao passado e retomar a sua liberdade. Afinal, a vingança mantém você energeticamente conectada ao agressor. O perdão, em contrapartida, corta essa ligação tóxica.

“A vingança é o preço que pagamos por uma dívida que não é nossa.”

Além disso, a ciência comprova: o rancor libera cortisol – o hormônio do estresse – que envelhece, adoece e destrói sua qualidade de vida. Sem dúvida, você merece mais que isso.


4. Entenda que o perdão é sobre você

Você pode perdoar quem nunca pediu perdão. O poder de liberar a dor está nas suas mãos.

Não espere o arrependimento do outro. Afinal, a sua paz depende apenas de você. Vale ressaltar que o perdão não é um ato de bondade para com o agressor – é um ato de sabedoria para consigo mesma.

Do mesmo modo, perdoar não significa:

  • Esquecer o que aconteceu
  • Aceitar o comportamento
  • Voltar a confiar cegamente
  • Fingir que não foi importante

Perdoar significa, em síntese, escolher sua liberdade emocional acima da prisão do ressentimento.


5. Sinta o que ainda está guardado

Chore. Escreva. Grite. Desabafe. A dor reprimida vira gastrite, ansiedade, depressão.

Sinta sem medo. De fato, a emoção que flui é a emoção que cura. Nosso corpo é sábio: ele guarda o que não conseguimos processar. No entanto, também tem a capacidade infinita de liberar quando criamos o espaço seguro para isso.

Desse modo, dê-se permissão para:

  • Chorar até não ter mais lágrimas
  • Gritar no travesseiro
  • Escrever páginas e páginas sobre sua dor
  • Conversar com uma amiga de confiança

“As lágrimas são as palavras que o coração não consegue expressar.”


6. Pratique o Ho’oponopono da cura profunda

O Ho’oponopono é uma prática ancestral havaiana de perdão e cura. Com toda a certeza, é poderosa porque trabalha em camadas profundas da consciência.

Feche os olhos, respire fundo e repita com o coração:

“Sinto muito. Me perdoe. Eu te amo. Sou grata.”

Em primeiro lugar, repita para você mesma. Por tudo que enfrentou. Por cada lágrima escondida. Por todas as vezes que silenciou sua dor.

Logo em seguida, se sentir no coração, repita mentalmente para quem te machucou. Não por eles, mas por você. Com o propósito de liberar a energia pesada que carrega.

É hora de se libertar.


7. Escolha soltar (mesmo sem esquecer)

Soltar é dizer: “Eu não vou mais carregar esse fardo”.

Todas as vezes que a memória voltar, diga em voz alta: “Eu escolho a minha paz.” Repita até que o coração respire leve outra vez.

Vale lembrar: você não precisa esquecer para perdoar. Na verdade, a memória pode se tornar sua aliada – um lembrete da sua força, da sua capacidade de superar e da sabedoria que ganhou no processo.


💝 Exercício Prático: A Carta de Libertação

Pegue papel e caneta. Escreva uma carta para quem você precisa perdoar. Escreva tudo, sem censura, sem tentar ser boazinha.

Diga como se sentiu, o que foi tirado de você, como isso impactou sua vida. Seja totalmente honesta. Claro que ninguém mais lerá.

No final, escreva: “Eu escolho me libertar. Eu escolho a minha paz.”

Logo depois, queime ou rasgue a carta. Este é o seu ritual simbólico de encerramento. A dor precisa de um fim. E a sua nova história merece um novo começo.


✨ Afirmação Poderosa

“Eu libero tudo que não me serve mais. Eu escolho a paz. Eu escolho o amor. Eu escolho uma vida plena e feliz. Eu sou digna de todas as bênçãos que o universo tem para mim.”

Repita esta afirmação todos os dias, especialmente quando a dor tentar voltar.


Sua jornada de cura começa agora

O perdão não muda o que aconteceu, mas muda o que isso vai significar daqui pra frente. A dor foi real, mas a cura também pode ser.

Dê esse passo por você. Um dia de cada vez. Um degrau de cada vez. Conforme nos ensina a oração: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.”

Você está pronta para escolher sua paz?

Em todo o caso, o caminho da cura começa com a decisão de soltar. E eu estarei aqui, em cada artigo, em cada palavra, te acompanhando nessa jornada de transformação.

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